Introdução:
Meio de cultura utilizado principalmente na diferenciação das espécies de na identificação bioquímica de microrganismos em geral, principalmente para diferenciação de Proteus e outras espécies de bacilos Gram negativos entéricos. Meio de cultura é utilizado principalmente na diferenciação de microrganismos, especialmente da família Enterobacteriaceae, com base na produção de urease. e na identificação bioquímica de microrganismos em geral, principalmente para diferenciação de Proteus spp. e outras espécies de bacilos gram negativos entéricos. Alguns BGN (Bacilos Gram Negativos) entre outras reações metabólicas promovem a hidrólise da ureia formando amônia.
O meio contendo ureia está disponível na forma de meio sólido ou em caldo conforme a necessidade do usuário, também conhecido como meio DAU (ureia/açúcar). O ágar ureia foi criado por Christensen para ser usado como um meio sólido para a diferenciação de bacilos entéricos. Ele diferencia rapidamente entre microrganismos urease-positiva, Proteeae (Proteus spp, Morganella morganii subsp morganii, Providencia rettgeri, e alguns Providencia stuartii) e outros microrganismos urease-positiva: Citrobacter, Enterobacter e Klebsiella e bactérias que não as Enterobacteriaceae, algumas Bordetella e Brucella spp. O teste de urease em caldo foi desenvolvido por Rustigian e Stuart, é utilizado para a identificação de bactérias em função da utilização de ureia e é recomendado particularmente para a diferenciação de membros do gênero Proteus de algumas Salmonella e Shigella no diagnóstico de infecções entéricas.
O meio é positivo para Proteus, Morganella morganii subsp. morganii, Providencia rettgeri, e algumas estirpes de Providencia stuartii com a reclassificação dos membros da Proteeae. O meio de ureia de Rustigian e Stuart é particularmente adequado para a diferenciação de espécies de Proteus de outros bacilos entéricos gram-negativos capazes de utilizar ureia, o último é incapaz de fazê-lo em teste de urease em caldo por causa dos limitados nutrientes e da alta capacidade de tamponamento do meio. Para fornecer um meio com maior utilidade, o ágar Ureia foi concebido por Christensen com peptona e dextrose incluídos e reduzido conteúdo de tampão para promover um crescimento mais rápido de muitas das Enterobacteriaceae e permitir uma redução no tempo de incubação.
Tipos de Amostras:
Amostras de cultura recente (18-24h) de BGN. O laboratório deve estabelecer critérios de coleta, rejeição e conservação das Amostras, conforme sua política da qualidade. Sempre considerar as necessidades específicas dos microrganismos alvos das análises, microrganismos com necessidades especiais (suplementos específicos ou ambiente controlados) podem não apresentar crescimento adequado se semeados em meio de cultura que não apresente os requisitos mínimos.
Princípio: Quando os microrganismos usam ureia, a amônia é formada durante incubação que torna a reação destes meios alcalina, produzindo uma cor vermelho-rosa. Consequentemente, a produção de urease é detectada pela mudança no indicador vermelho de fenol.
Armazenamento e estabilidade:
Para fins de transporte, o produto pode permanecer em temperatura ambiente por até 72h. No laboratório as placas devem ser armazenadas em temperatura de 2 a 8ºC, condições em que se mantém estáveis até a data de vencimento expressa em rótulo, desde que isento de contaminação de qualquer natureza. O uso de refrigerador tipo frost-free não é recomendado para meios de cultura devido ao efeito desidratante deste tipo de equipamento. Considerando que este produto é gelatinoso e sua composição pode apresentar até 80% de água, ao sofrer variações de temperatura (quente-frio ou frio-quente) todo meio de cultura pode gerar condensação, de pouca a muita, acumulando água na placa. Recomenda-se guardar as placas com os meios de cultura virados para cima e, quando necessário, desprezar a água acumulada e deixar o meio de cultura estabilizar a temperatura antes de sua utilização. Conforme descrito em literatura, o laboratório deve retirar da refrigeração apenas a quantidade de produto que deverá ser utilizada em sua rotina e deixar estabilizar a temperatura, ou secar a água condensada, antes de sua utilização, em temperatura ambiente, podendo utilizar a incubação em estufa (± 37ºC) para redução do tempo de secagem ou estabilização. A repetição do processo de refrigeração/estabilização não é recomendada, a constante troca de temperatura pode levar a desidratação do meio, expor o produto a contaminações ou gerar um acúmulo de água excessivo. A água acumulada por condensação, ocasionada por alguma variação de temperatura, não influência no desempenho do produto, desde que este não apresente ressecamento ou diminuição de espessura. Devido a presença de substratos sensíveis, recomenda-se manter o produto protegido de incidência direta de luz (natural ou artificial) e evitar grandes variações de temperatura até a utilização.